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Síndrome do Cólon Irritável: um problema que vai além do intestino!

Escrito em 31 de janeiro de 2022

Síndrome do Cólon Irritável: um problema que vai além do intestino!

EVIDÊNCIAS DA SÍNDROME

A síndroma do intestino irritável é, vulgarmente, conhecida como “colite nervosa”, “colite espástica, “cólon irritável” ou “doença funcional do intestino”. Trata-se de uma perturbação motora do tubo digestivo que origina uma grande diversidade de sintomas digestivos crónicos ou recorrentes (dor abdominal, obstipação, diarreia, sensação de gás e distensão abdominal) na ausência de uma causa orgânica detetável. As mulheres são duas vezes mais afetadas do que os homens e pode ocorrer antes dos 45 anos. Como tal, a síndrome do cólon irritável não é uma doença mas antes um conjunto de sintomas que ocorrem em conjunto. Esta designação pretende traduzir a natureza física e mental desta perturbação.

TIPOS DE SÍNDROME

Considera-se a existência de 4 subtipos desta disfunção, com base na consistência das fezes:

  • Cólon irritável com obstipação,
  • Cólon irritável com diarreia,
  • Formas mistas e
  • Formas não classificáveis.

QUAIS AS CAUSAS DA SÍNDROMA DO CÓLON IRRITÁVEL?

Na sua essência, a síndrome do intestino irritável é uma doença da sensibilidade. Admite-se que ela pode resultar de uma combinação de problemas físicos e mentais. Algumas das causas possíveis são alterações a nível da sinalização entre o cérebro e intestino, determinando alterações nos hábitos intestinais, dor e desconforto;

  • Alterações da mobilidade gastrintestinal, causando diarreia, obstipação ou espasmos intestinais;
  • Hipersensibilidade intestinal, com maior reactividade à distensão causada por gases ou fezes;
  • Ansiedade, depressão, ataques de pânico, stress pós-traumático, antecedentes de abuso sexual; gastrenterite bacteriana;
  • Proliferação bacteriana excessiva no intestino delgado que produzem gases, diarreia e perda de peso;
  • Alterações nos níveis de neurotransmissores;
  • Fatores genéticos;
  • Sensibilidade a alguns alimentos, como os ricos em hidratos de carbono, alimentos picantes, café e álcool.

QUAIS OS SINTOMAS MAIS COMUNS?

  • Dor abdominal, geralmente, na parte inferior do abdómen;
  • Distensão e sensação de gás abdominal;
  • Diarreia,três ou mais vezes por dia, com uma sensação de urgência;
  • Obstipação (três ou menos evacuações por semana de fezes duras) ou ambas;
  • Sensação de evacuação incompleta;
  • Presença de muco nas fezes e flatulência (eliminação de gases).

Podem associar-se a outros sintomas do aparelho digestivo, como digestão difícil, bem como a sintomas de outros órgãos (urinário, genital, músculo-esquelético). Geralmente, não se verifica a presença de sangue nas fezes, emagrecimento ou febre.

COMO SE DIAGNOSTICA?

“O sintoma dominante do colon irritável é a dor. Depois pode haver alterações do trânsito intestinal, que podem manifestar-se sob a forma de diarreia ou de obstipação, mas, se não houver dor ou desconforto abdominal não estamos a falar de um síndroma do colon irritável mas sim de uma obstipação ou diarreia funcional”, explica António Pinto (gastrenterologista na Sana Clinics, Hospital Lusíadas Lisboa, CUF Cascais Hospital, CUF Miraflores Clínica,).

O diagnóstico é clínico e baseia-se na presença de dor ou desconforto abdominal pelo menos três vezes por mês nos últimos três meses na ausência de outra doença ou lesão que possa explicar essa dor. De um modo geral, não são necessários exames adicionais, a não ser para excluir outros problemas ou outros sintomas. O estudo das fezes, as análises ao sangue, a colonoscopia, são alguns dos exames que poderão ser necessários. A colonoscopia é importante depois dos 50 anos para rastreio do cancro do cólon.

COMO SE TRATA?

Não existe cura para a síndrome do cólon irritável mas os sintomas podem ser aliviados mediante uma combinação de alterações na dieta, medicamentos, uso de probióticos e tratamento dos problemas mentais/psicológicos associados. É importante fazer refeições mais pequenas e mais frequentes, de modo a se reduzir a incidência de cãibras ou diarreia. Devem-se privilegiar os alimentos pobres em gordura e ricos em hidratos de carbono, como massas, arroz, cereais, frutas e vegetais. Devem-se evitar os alimentos que tendem a acentuar os sintomas, como os ricos em gordura, derivados do leite, café, álcool, adoçantes artificiais, alimentos que aumentam a formação de gás, como o feijão e as couves. A fibra pode reduzir a obstipação mas aumentar a formação de gás, pelo que deve ser introduzida de um modo acompanhado.

Os probióticos são microrganismos vivos, de um modo geral bactérias, semelhantes aos que existem em condições normais no intestino. A sua administração em grandes quantidades tende a melhorar os sintomas do cólon irritável. A diminuição do stress, o repouso e o exercício físico podem contribuir para a redução da frequência e gravidade dos sintomas, influenciando positivamente a doença. A melhoria ou resolução dos sintomas da síndrome do cólon irritável é um processo demorado, que pode durar seis meses ou mais. Assim, a paciência é essencial e o papel da relação médico-doente revela-se essencial de modo a não permitir que ocorra frustração ou desistência do tratamento.

COMO SE PREVINE A SÍNDROME DO CÓLON IRRITÁVEL?

A prevenção passa pelo controlo dietético, pela adopção de práticas de vida saudáveis e por evitar todos os factores que podem desencadear as crises. Conhecer bem a doença e saber identificar os factores que a agravam é o melhor caminho para prevenir os seus sintomas. Atualmente os médicos estão também a recorrer a fármacos probióticos que alteram a flora intestinal e ajudam a melhorar o quadro sintomático destes doentes. Para que a terapêutica resulte, o doente tem também alterar os seus hábitos alimentares, evitando os alimentos que potenciam a sensibilidade do intestino. O exercício físico e o controlo do stress / ansiedade são dois aspectos igualmente muito importantes. O tabaco pode contribuir para o agravamento dos sintomas associados à síndrome do cólon irritável, pelo que é importante evitá-lo.

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